Varíola dos Macacos: saiba como acontece a transmissão, quais os sintomas e as formas de prevenção

A entrevista com o médico infectologista, Renee Oliveira, traz explicações à população.

O que é a Varíola dos Macacos?
– A Varíola dos Macacos é uma doença causada pelo vírus “Monkeypox”, pertencente à mesma família do vírus que causava a varíola – uma doença que foi extinta na década de 80. É uma doença que pode infectar tanto seres humanos quanto animais, ou seja, ela é uma zoonose.

Como acontece a transmissão?
– Inicialmente, a transmissão na África ocorria por meio do contato das lesões ou secreções humanas com o animal infectado. Atualmente, a transmissão ocorre de forma diferente, principalmente pelo contato pessoal e direto com secreções respiratórias, lesões de pele de pessoas contaminadas ou objetos infectados. Gestantes também podem transmitir a doença para o bebê através da placenta.

Quais são os sintomas?
– O período de incubação do vírus se dá por volta de 7 a 21 dias. Após esse período, o paciente apresenta febre alta, mialgia, fadiga, dor de cabeça, cansaço, dor nas costas e aumento dos glânglios linfáticos (uma caraterística da monkeypox que vai diferenciar de outras doenças, a exemplo da catapora). Uns dois ou três dias após o quadro febril, inicia o aparecimento das erupções (bolhas) na pele.

Qualquer pessoa pode ser acometida com a doença ou há um “perfil de infectados”?
– Qualquer pessoa pode pegar a doença, basta apenas fazer o contato com pessoas infectadas pela enfermidade.

Onde e quando procurar atendimento médico?
– A porta de entrada inicial para um pessoa infectada com monkeypox são as Unidades Básicas de Saúde, pois, na maioria das vezes, são quadros leves. Ao surgir os sintomas, o paciente precisa buscar o atendimento médico e realizar o isolamento, pois a transmissão acontece, predominantemente, pelo contato físico e secreções respiratórias.

Como é feito o tratamento da doença?
– O tratamento da varíola dos macacos é baseado no controle dos sintomas que o paciente apresenta. No caso das lesões, o paciente pode apresentar dor. Logo, é necessário tratar essas lesões para evitar infecções secundárias. Grupos específicos como idosos, crianças e pessoas imunocomprometidas podem encaminhar os sintomas para um agravamento da doença, havendo a possibilidade de ir à óbito, por isso é necessário um tratamento diferenciado para esse público.

– Para prevenir a doença, é importante fazer o uso de máscara porque o contágio também se dá pelas gotículas das vias respiratórias. Também é necessário evitar lugares fechados, evitar contato físico por meio de relação sexual, beijos e abraços com pessoas que tenham lesões na pele, ou até tocar em feridas. Higienizar bem as mãos diariamente e também ao ter contato direto com objetos.

 

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